sexta-feira, abril 30, 2021

TENHA UM ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO EFICIENTE ATRAVÉS DA COMPETENTÍSSIMA ROSEMARY MOLINARI



 


Técnica de nutrição e dietética, pedagoga, psicopedagoga com especialização em educação infantil, Rosemary Aparecida Bento Molinari é uma das nossas referências de uma profissional dedicada, mãe, esposa , escritora , está realizando atendimentos on line para todo o País orientando aos pais, educadores, no suporte fundamental para a educação infantil e acompanhamento das crianças, principalmente neste momento que atravessamos de pandemia. 
Além destas orientações, Rosemary faz atendimentos para aqueles que estão passando por alguma dificuldade de concentração, ou problema comportamental , trazendo através de suas sessões de consultas ,resultados positivos para o seu paciente e toda a família.
A psicopedagoga também lançou o caderno de atividades, Espaço do Saber, do primeiro a quarto ano do ensino fundamental 1.
Este é uma ótima alternativa em épocas de aprendizado domiciliar, aos papais , titias utilizarem o caderno com seus pequenos, de forma  lúdica  e interessante , já comprovadas por quem já adquiriu e aplicou as atividades com as crianças.
Para adquirir o caderno de atividades e agendar as consultas on line, o contato desta renomada profissional brilhante é (12) 99179-0221.

Meditação do Mantra Pessoal com Juliana Chimenes


 

Muitos benefícios da meditação já foram comprovados através de estudos, que traz benefícios promovidos pela prática com efeitos positivos no bem-estar, no corpo e na saúde mental de quem realiza.

A terapeuta Juliana Chimenes estará ministrando no dia 22 de maio, o curso on line de Meditação do Mantra Pessoal ,sábado,  no horário das 14:30 às  18:00hs.

Através do curso, você conhecerá os benefícios da meditação, a clareza mental, foco e como ter uma melhor concentração.

O curso também trará um maior conhecimento na redução de stresse, ansiedade e depressão, assim como o aumento do bem estar, autoestima, além do fortalecimento do sistema nervoso e imunológico.

Valor do curso: R$ 62,00 (transferência bancária e pix)

As reservas são limitadas e poderão ser feitas através do telefone (12) 98819-3580 e @terapeuta_julianachimenes

terça-feira, abril 27, 2021

COM FERRO SERA FERIDO COM CARLOS BRICKMANN


 

Vamos puxar um pouco pela memória. Gustavo Bebbiano, que chefiou a campanha de Bolsonaro, foi demitido grosseiramente e acusado de traição. O general Santos Cruz, amigo de Bolsonaro há 40 anos, foi vítima de fritura e acusado de traição. Luiz Mandetta, amigo de Bolsonaro desde o tempo em que os animais falavam (mas ainda não governavam) foi ofendido, demitido e acusado de traição. Sergio Moro, a quem Bolsonaro tanto deve, foi chutado e acusado de traição. Fábio Wajngarten, que dedicou quatro anos a Bolsonaro, foi demitido discretamente – mas já começavam os rumores de que tinha algo a ver com fabricantes de vacina (e se tivesse? Se não houve compra de vacinas, cadê a estranheza?) Wajngarten não é burro e abriu fogo em primeiro lugar. Atirou em quem insinuava algo contra ele e cuja atuação como ministro esteve abaixo da crítica. Poupou Bolsonaro. Mas quem atira nas mãos de certos ministros, Wajngarten sabe, acerta o saco do chefe.

Wajngarten não disse nada demais: só que as informações levadas a Bolsonaro pelo pessoal do Governo que deveria cuidar da Covid estavam erradas, que a Pfizer tentou vender vacinas ao Brasil e nem teve resposta, que poderíamos, se os fardados que pensavam ser médicos tivessem feito a lição de casa, começar a vacinar a população em novembro ou dezembro.

Disse, sem pronunciar essa frase, evitando culpar Bolsonaro, que parte da equipe presidencial não era capaz de nada, e outra parte era capaz de tudo.

Bem na mira

A entrevista de Wajngarten está na Veja desta semana, com sua foto na capa e o título, em letras grandes, “Exclusivo: Houve incompetência”. Não é uma reportagem comum: o autor é Policarpo Jr., profissional de prestígio, um dos principais encarregados, em Veja, de reportagens politicamente sensíveis.

Quem conhece comunicação verifica que cada palavra foi avaliada e muito bem calculada. Wajngarten se preparou com carinho, sabendo dos riscos que corria. Quando começaram a tentar fritá-lo, jogou óleo fervente na cozinha inteira. E, embora tenha eximido Bolsonaro de culpa, sabe que a pergunta agora é quem nomeou ministros que nada entendiam e os manteve sabendo que seu desempenho era pífio.

Quem nomeia ministros não é o caro leitor, não sou eu, não é o papa Francisco: é o presidente da República.

As armadilhas

A propósito, quais as pedradas que Wajngarten espera levar? A resposta está num texto obscuro, mais próximo do dilmês que do Português, em que o general Pazuello diz que muita gente se meteu onde não deveria, em busca de pixulecos. Quem se meteu nas atividades de Pazuello foi Wajngarten, mas diz que em busca de que houvesse negociações com os fabricantes de vacinas.

Um detalhe curioso: em recente cerimônia, em Manaus, Bolsonaro comboiou o general Pazuello, para mostrar-lhe seu apoio após tê-lo botado na rua. E a claque gritava “Pazuello governador”. Dois dos onze integrantes da CPI são do Amazonas e candidatos a governador. Ao apresentar Pazuello como concorrente, talvez com seu apoio, Bolsonaro o transformou em alvo.

Lições de abismo

Todas as restrições se podem fazer ao ex-deputado Eduardo Cunha, mas de Congresso ele entende. No livro Tchau, querida – diário do impeachment (Matrix Editora, R$ 99,00), Cunha, que comandou o afastamento de Dilma, diz: “Não se tira presidente, se coloca presidente”.

Traduzindo, tirar Dilma Rousseff seria difícil, mas trocar Dilma por Michel Temer, seu vice, já seria viável, ainda mais se Temer se articulasse bem com o Congresso - o que fez.

A vida é cruel

Indo mais longe, tirar Bolsonaro só por tirar é extremamente difícil. Mas, se o general Mourão, seu vice, der uma mãozinha, tudo fica mais fácil. Mourão aparentemente está quieto, sem reagir à dieta de sapos que lhe é imposta. Mas insistir em rebaixá-lo, como agora, em que nem foi consultado sobre a agenda ambiental – justo ele, que é o presidente do Conselho da Amazônia!

Vai chegar a hora em que nem sal de frutas vai mantê-lo sossegado. Bolsonaro devia ler Eduardo Cunha. Aliás, Bolsonaro devia ler.

O que falta é lealdade

Parece brincadeira: Guilherme Boulos escreveu que a família de Luís 14, rei da França, terminou na guilhotina. Por isso querem processá-lo pela Lei de Segurança Nacional. Quem me explicar onde Boulos, nesse texto, ameaça a segurança nacional, ganha de presente uma foto da Bia Kicis. O jornalista Luís Nassif e seu site, www.ggn.com.br, vêm sendo vítimas de algo que, se não for perseguição, é parecidíssimo. Esta coluna e o site Chumbo Gordo estão prontos a publicar as inacreditáveis pressões contra Nassif.

O Direito e a Inteligência artificial

Vale a pena ler: o jurista Alexandre Morais da Rosa escreve sobre um novo tema, que nos atinge a todos: a Inteligência Artificial no Direito (https://www.chumbogordo.com.br/38627-o-futuro-ja-chegou-por-alexandre-morais-da-rosa/)

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sábado, abril 24, 2021

Fernando Molinari, vencedor do prêmio Samsung E Festival Instrumental lança novo single "Desert Flower"





 

A música é universal, capaz de conectar pessoas, culturas e sociedades completamente diferentes.

A música é a ponte direta entre a razão e a emoção, e quando encontramos pessoas interligadas a este maravilhoso e enigmático mundo da sintonia, do saber criar, tocar, cantar, tudo se transforma.

Uma destas grandes revelações vem do músico Fernando Molinari, vencedor da edição 2017 do prêmio Samsung E-Festival Instrumental como maior revelação da música instrumental brasileira.

Fernando é considerado um dos novos nomes do Jazz Fusion mundial. Reconhecido por ter uma sonoridade única, Fernando tem em seu trabalho o foco no Fusion com influencias de rock, Prog, Funk, música Brasileira e Latina.

Mesmo jovem, tem em seu currículo projetos com grandes músicos nacionais e internacionais, o que o mantém em evidência no mercado instrumental como baixista e compositor. Já tendo trabalhado com; Greg Howe- (USA), Marco Minnemann (Alemanha), Bruno Valverde(Angra), Davi Filho, Adriano Moreira(Taiwan), Kit Tang (Hong Kong), Project B (Japão), Dor Levin (Israel), Richard Jackson (Canadá),além de Rio Palmieri (Itália), The Inner Space (Canada), Bjoernar Frantzen (Noruega) e muitos outros. 

Seu último disco intitulado “Built By Elements” que foi considerado como um trabalho extremamente original, virtuoso e maduro. Tendo destaque nas maiores mídias especializadas do mundo. (Bass The World, Bass Player Magazine, No Treble, Baixo Natural, Truth in Shredding .

Além de ser o primeiro brasileiro a ter vídeos de trabalho autoral publicados pelo Bass The World (maior canal do mundo especializado em contrabaixo no youtube).

Fernando Molinari, revelou que em 2018, lançou seu curso Super Slap Bass em convite da maior plataforma online da Europa, junto com nomes como; Andrew Gouche, Federico Malaman, Gergo Borlai e etc.

Em 2019 esse mesmo material foi lançado para Europa e Estados Unidos em livro. E no mesmo ano, o músico lançou seu novo EP solo, chamado “Hidden Elements”, que tem uma mistura de jazz contemporâneo, Fusion e rock progressivo. 

Fernando é patrocinado pelas empresas: Fbass, DR Strings, GruvGear, Focusrite, GR Bass, Analysis Plus, WBass, S.Martym, Neural/Darkglass, BeatBuddy e ACS Guitars.

Confira o single " Desert Flower" lançado neste mês, com a banda completa com os músicos Arthur Rezende, Brunno Henrique e Daniel Felix.

Nós do portal Celebridades In Foco queremos desejar a este grande artista, sucesso e que seus vôos sejam contemplados com a beleza da arte e do som que você toca!

Admiramos o seu trabalho e de toda a sua banda.



Este é apenas o início de mais um grande passo para o mundo ouvir suas belas canções.

quarta-feira, abril 14, 2021

O JOGO DO PERDE-PERDE


 

Com a CPI da Pandemia, aprovada pelo Senado e com ordem do STF para iniciá-la, quem ganha e quem perde?

  • A CPI foi implantada como Bolsonaro quer, investigando também os prefeitos e governadores. Assim se diluem as investigações – como disse o presidente, se a CPI fosse apenas sobre o Governo Federal, tudo cairia em cima dele. Só que o Brasil tem 5.568 municípios. É alvo demais para investigar. Se a CPI não anda, Bolsonaro e equipe não precisam responder sobre a inacreditável demora em comprar vacinas. Só que isso vale até o Centrão achar que deve: depois, fica mais caro.

  • A CPI é implantada para valer. Bolsonaro terá de explicar por que não quis comprar vacinas da Pfizer, da Janssen, da Moderna, e só comprou a CoronaVac (a “vachina”, a “vacina do Dória”, “aquela vacina comunista que não transmite segurança”) porque São Paulo iria iniciar a vacinação e não haveria imunizantes para os demais Estados.

  • O presidente corre risco de impeachment e o Centrão é decisivo. Só que o acordo de Bolsonaro com o Centrão é para a campanha da reeleição. Impeachment não está no acerto. O Centrão pode apoiá-lo, tem condições de mantê-lo no poder, é forte o suficiente. Mas isso não é barato. Quantos Ministérios e outros cargos custará o apoio?

O Centrão ganha. Governo e oposição perdem. Nós pagamos a conta.

Quem pode, pode 1

Bolsonaro brigou com o Supremo (lembre daquele seu ministro da Indukassão pouco educado que, em reunião ministerial, num linguajar de estrebaria, disse que queria prender o STF inteiro?); chamou o senador Randolfe Rodrigues de “bosta”; acusou o governador Doria de “patife”; disse que em todo o país governadores e prefeitos roubavam o dinheiro federal.

Quem pode, pode 2

Bolsonaro teve problemas com as Forças Armadas. Precisou nomear um general que (horror!) combateu direito a Covid para comandante do Exército. Tem apoio? Tem: o general Augusto Heleno e sua equipe o apoiam. Já o vice, o general Mourão, talvez se sinta chateado com as desfeitas que Bolsonaro lhe fez. Mas o presidente vai depender mesmo do Centrão e de Paulo Guedes, este para conseguir verbas que mantenham o Centrão bem alimentado. Uma recordação: Dilma caiu ao romper com o deputado Eduardo Cunha, à época expoente do Centrão. Quem usa jacarés para tomar conta da casa precisa ter a certeza de que estão felizes e não passam fome.

E faz quando não pode

Uma coisa devemos reconhecer: já que a oposição até agora não apareceu na briga, Bolsonaro ocupou com brilho o espaço desses a quem considera comunistas: João Doria, Eduardo Leite, Eduardo Paes, Fernando Henrique e, por que não? aquele comunista que já usou a fantasia de socialista fabiano, o professor (esses professores são sempre suspeitos) Delfim Netto. Há dias, falou longamente com o senador goiano Jorge Kajuru, dando-lhe instruções para melar a CPI e pressionar o STF.

Kajuru é um front runner, nunca segue os passos da manada. E é coerente: sempre grava suas conversas telefônicas e as distribui publicamente. Fez o que sempre faz: divulgou a conversa em que Bolsonaro lhe deu suas instruções (suficientes para dar base a um pedido de impeachment). E foi gentil: poupou Bolsonaro de uma parte do besteirol, deixando de divulgá-lo. Bolsonaro reclamou, e logo suas exigências foram atendidas: Kajuru divulgou a parte oculta, em que Bolsonaro ameaçava fisicamente o senador Randolfe Rodrigues, a quem chamou de “bosta”.

A hora do zero à esquerda

O senador Flávio Bolsonaro, o filho 01 do presidente 000, resolveu ajudar o pai: anunciou que vai representar contra Kajuru na Comissão de Ética do Senado. Seria engraçado: Kajuru apenas divulgou a gravação da conversa, não foi ele que falou besteira. Mas não vai representar, não. A Comissão de Ética do Senado está fechada há 600 dias. Tudo não passa de jogo de cena.

Os 600 dias

O projeto que acaba com os supersalários no serviço público está há 600 dias aguardando que a Câmara dos Deputados vote sua urgência. O tema parou no dia 20 de agosto de 2012, esquecendo-se qualquer urgência.

O deputado federal Igor Timo requer que o texto seja pautado. Como diz, o projeto não é novidade: apenas regulamenta o teto salarial de servidores públicos estabelecido pela Constituição.

De acordo com documento enviado pelo Palácio do Planalto à Câmara em fevereiro, o projeto que elimina os supersalários é prioridade do Governo para 2021. Estima-se que a economia será de R$ 2,3 bilhões por ano. Pelo projeto, auxílios, parcelas indenizatórias e outros penduricalhos passam a ser consideradas verbas sujeitas aos limites de rendimentos (R$ 39,2 mil por mês). Hoje, mais da metade dos magistrados ganha mais que o teto.

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domingo, abril 04, 2021

HOSPÍCIO BRASIL OU BRASIL, HOSPÍCIO DE TODOS? COM MARLI GONÇALVES


 

HOSPÍCIO BRASIL

ou

BRASIL, HOSPÍCIO DE TODOS?

MARLI GONÇALVES

Será um plano maligno para que todos fiquemos totalmente insanos, e que acabemos por cometer alguma loucura para salvar o país deste hospício? Porque não é possível que a gente passe mais uma semana como essa, sem que a nossa sanidade seja comprometida

Segunda, terça, quarta, quinta...a pressão sobe e desce descontrolada, a ansiedade e a inquietude dominam. Uma hora a gente acha que o golpe vem aí, em outra, que o golpe até já foi dado. Minutos depois, o assunto é outro, e a avalanche continua. Você entra no chuveiro e quando sai já aconteceu ou ouviu mais algum desatino vindo lá de onde você sabe.

A pandemia se agravando, mais de três mil mortos por dia, vacina que não chega para todos, oxigênio e medicamentos que faltam. A miséria se espalha, e não há como sair, mesmo que apenas até ali, sem encontrar alguém mendigando, envergonhado, por fome. E um povo preocupado que os shoppings estão fechados, as festas rolando por aí, com gente jovem reunida rebolando funks, cassinos clandestinos sendo fechados todos os dias, revelando sempre um mesmo tipo de gente odiosa e uniforme.

No Rio de Janeiro, três crianças - pobres, pequenos, pretos, mirrados - sumidas há três meses, Fernando Henrique, 11, Alexandre, 10, Lucas Mateus, 8, saíram para brincar e não se soube mais deles, o tempo passa e eles não aparecem nem nos noticiários. Nos noticiários está outra criança, Henry Borel, 4 anos, morto. Como? Mais um caso envolvendo um político, miliciano, o tal vereador Dr. Jairinho, paidrasto, que pelo entendido até agora aterrorizava o menino nas barbas, ops, cílios, da própria mãe que com ele se juntou há alguns meses. Coitadas das crianças, e o que também devem estar sofrendo nesse hospício que se tornou o país, dominado no poder, ocupado na política por um bando dessa gente, repito, odiosa e uniforme, um padrão.

No país que este ano, ao contrário da tradição de só começar depois do carnaval, parou totalmente exatamente depois dele. E vai continuar parado e chorando se depender do real entendimento geral do que passamos, do que está acontecendo. Já é catastrófica a incrível normalização de tantas mortes diárias, de perdas, e o dia seguinte, o dia seguinte, tudo parecer normal até que novos números superem os anteriores e tudo se repita hora após hora, hora após hora, no seu tique-taque infernal e contínuo. Quando, talvez um dia, pudermos ver com clareza o saldo de vidas e histórias e futuros perdidos, esse saldo será julgado.

Comecei falando do temor, do golpe, vejam só a preocupação que temos de ter enquanto esse “ser” estiver no comando da Nação. Os militares mexeram suas pedras, e todos foram trocados de uma vez só de todos os poderes por, pelo visto, a sua maioria não aceitar o envolvimento das Forças Armadas nas pretendidas loucuras de um capitão descontrolado. Agora, sob novo comando, aparecem os substitutos, que entram mudos e saem calados. A apresentação para a imprensa me pareceu um desfile, sim, mas de moda, como se novas fardas estivessem sendo lançadas por manequins. Primeiro, postados de lado, um atrás do outro, os três. Quando seus nomes eram ditos, viravam-se de frente para a plateia por segundos, logo retomando uma dura e ensaiada posição inicial. Exatamente como nos desfiles de moda, assim que o “estilista”, o Ministro da Defesa, sai do ambiente, eles saem atrás, em fila, sumindo atrás de uma porta.

Mas nesse hospício todo, ainda há humor! O Datena há semanas em seu programa grita a tarde inteira “Só no nosso?”, mostrando vídeos do povo reclamando de preços, de tudo, e em clara referência que “nosso” é esse, a que parte do corpo se refere. Agora, até gostei, o governador João Doria resolveu responder também com humor ao ridículo apelido que os bolsonaristas insistem em usar contra ele, chamando-o de calça apertada, como se isso fosse grande ofensa. Doria prometeu vacinar todos eles, a começar pelo Eduardo Bananinha Bolsonaro, o filho 01; e com calça apertada, frisou.

Aliás, qual o problema desses caras com as calças do governador? Não é muita falta do que fazer? É ou não é um grupo que faz do país um hospício, que apenas faz mal e tenta nos enlouquecer? No mínimo, de raiva. Não estamos - ainda - com camisa-de-força, embora imobilizados; mas, sim, totalmente isolados, inclusive nas fronteiras, do resto do mundo, por sermos considerados bem perigosos.
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MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano - Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. Nas livrarias e online, pela Editora e pela Amazon.
marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

O FATO DIGO COMO O FATO FOI COM CARLOS BRICKMANN



O presidente Bolsonaro demitiu o ministro da Defesa e os comandantes das três Armas. Cada um fez seu manifesto, seus substitutos assumiram logo em seguida, e o país continuou vivendo sua vida normal, sem crise. Esta é a versão nº 1 do Gabinete do Ódio: os generais caíram e a vida continua. Fora, naturalmente, a economia desorganizada e paralisada, o Congresso forçando Bolsonaro a demitir seu chanceler inacreditável, mas nomeando para outros cargos pessoas por quem nem o Capitão Gancho botaria a mão no fogo. E, se já morreram mais de 300 mil pessoas, que outra crise caberia no país?

A versão nº 2 do Gabinete do Ódio desmente a primeira: diz que, um dia, Bolsonaro descobriu que seu ministro da Defesa era amigo, veja só, de Dias Toffoli, ministro do Supremo que tinha sido advogado do PT. E conspirava com os comandantes das três Armas para impedir o presidente de governar. Bom, se Bolsonaro não sabia que seu ministro da Defesa tinha sido assessor militar de Toffoli, na época presidente do Supremo, é que não anda lendo nem a propaganda de seu governo. Não aceita divergências eventuais: quem discorda é sempre alguém infiltrado há um tempão só para prejudicá-lo.

O fato como o fato foi: Bolsonaro, de novo, quis apoio dos generais para seu projeto autoritário. De novo não o teve. Demitiu-os e mandou falar mal deles. E volta a contar soldadinhos de chumbo. Quem sabe um dia dá certo?

Sem fantasia

Algum dos caros leitores acha que Bolsonaro precisa de ajuda para não conseguir governar? Há funções que, sozinho, ele exerce muito melhor.

O bem da família

Quando Bolsonaro quis nomear seu filho Eduardo “Bananinha” (apelido que lhe foi dado pelo vice, general Mourão) para a Embaixada do Brasil em Washington, disse que era natural que entregasse o filet mignon para a sua família. Pois é: para a população em geral, ele recusou a oferta de vacinas da Pfizer, entrou no consórcio internacional que garantiria vacinas mais baratas com a cota mínima, votou na ONU contra a quebra de patentes das vacinas para permitir que vários países as produzissem, permitindo a imunização de muito mais gente em muito menos tempo, disse que quem tomasse a vacina da Pfizer podia virar jacaré, desprezou a vacina do Butantan por achar que os chineses não sabiam fazer coisa boa, chamou-a de “vachina”.

Mas sua mãe o presidente mandou vacinar. E sua nora, esposa do senador Flávio Bolsonaro, o filho 01, foi vacinar-se no dia 2. Família merece sempre maior atenção. Já dizia Chico Anysio que o povo é apenas um detalhe.

As opções

Frase interessante circulando na Internet lembra o que o deputado Winston Churchill disse dos políticos que o antecederam no governo do Reino Unido e cansaram de adotar opções erradas: “Entre a pandemia e a recessão, Bolsonaro escolheu a pandemia. E está tendo a recessão”.

Os bons companheiros

Convenhamos: se Bolsonaro fosse presidente (ou, como é a moda, CEO) de uma grande empresa, dificilmente se manteria no cargo por dois anos. Mas quem se opõe a ele, se estivesse no Conselho da empresa, iria rodar ou ao mesmo tempo ou muito antes. Até o frentista do Imposto Ipiranga sabe que a economia brasileira está em crise. No meio desta crise, militares se abastecem com 80 mil litros de cerveja (em boa parte importada), 700 mil kg de picanha, o Supremo faz aquela concorrência de comida finíssima, com acompanhamento de vinhos premiados internacionalmente, e o Congresso – parece incrível - ainda conseguiu melhorar o seguro-saúde das Excelências.

A saúde de quem pode

O parlamentar podia gastar até R$ 50 mil com reembolso automático (mais do que isso, a Presidência da Casa podia autorizar o que fosse necessário. Jamais o negou. O céu sempre foi o limite, e os nobres parlamentares pagam, cada um, R$ 650,00 mensais pelo seguro-saúde da família). Pois bem: os R$ 50 mil passaram para quase R$ 200 mil. E isso não foi questionado pelo pessoal da oposição – aliás, a oposição votou também nos candidatos do Centrão, lançados e apoiados por Bolsonaro.

Não há santo em Brasília. Pense o que pensar, cada um pensa no que é bom para si.

Se vira nos 30

Para a população em geral, a vida é outra. O historiador mineiro Daniel Marques recebeu um boleto cobrando reajustes sobre um plano cancelado no ano passado. Detalhe: Marques cancelou o seguro exatamente porque não era atendido pelo pessoal do plano, tendo de protestar no “Reclame Aqui” e na Agência Nacional de Seguridade Suplementar. Atendê-lo ninguém atendia, mas cobrar reajuste de plano já cancelado há cinco meses, isso eles fazem. Ainda não estou publicando o nome da empresa por não ter tido contato com ela. Mas ainda faremos a publicação com todos os detalhes.

Há gente que encara o cliente apenas como uma vaca leiteira a ordenhar.

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