quarta-feira, abril 27, 2022

Aguardem, vem aí, a terceira temporada do Programa Papo de Casa


 















No próximo mês, muitas novidades chegando, com a terceira temporada do programa Papo de Casa, comandado pelo jornalista Caio Marinho, diretamente de Portugal.

Com milhares de acessos, o programa começou em junho de 2018, tendo como o primeiro entrevistado o Cantor Matheus Estevan, que hoje apresenta o Sanja Cast.

A idéia do Programa Papo de Casa, é  trazer aos internautas , uma conversa de sofá, na verdade um bate papo informal e descontraído. 

O formato deu tão certo que o número de visualizações impressionou com uma excelente repercussão nacional e internacional como foi entrevista do cantor Gabriel Pensador,  o jornalista na época que saiu da Rede Globo, William Waac,  o jornalista esportivo Oliveira Andrade,o juiz dr Marcos Pagan, o queridíssimo padre Antônio Maria, além dos empresários Silmar Gonçalves e Daniele proprietários do restaurante amazônico ,Yasaí, o ex prefeito de São José e candidato a governador do Estado de SP , Felício Ramuth , o vereador petista Eduardo Suplucy  e a visita a família do primeiro campeão de surf Gabriel Medina.

Então aguardem!!!Muitas surpresas vem por aí, recheadas de novidades 

Inscrevam -se no canal do programa Papo de Casa no Youtube

https://www.youtube.com/user/webgaleraradio


 

PARAÍSOS ARTIFICIAIS

MARLI GONÇALVES

Nos paraísos artificiais que vivemos, não precisa nem de drogas para esses efeitos, alguns alucinógenos, outros nem tanto, reais de doer. Drogas – e das pesadas, batizadas, misturadas com coisa ruim - são essas que nos enfiam diariamente goela abaixo. Não pode, pode. Decreta-se. Publica no Diário Oficial e a gente aguenta. Tudo fora da ordem, na desordem, e seja lá mais o que for.

“Trabalhar que é bom, ninguém quer, né?” – meu pai sempre dizia isso quando via umas situações - e olha que elas não eram nem de perto parecidas com as que estamos vivendo em realidade, verso, prosa, metaverso, universo paralelo, supermercado, justiça e bem mais. Faço uma adaptação, especial: “Protestar na rua contra tudo isso, ninguém quer, né?”.

Me desculpem os carnavalescos, mas se tem coisa que considero a mais idiota dos últimos tempos foi esse Carnaval artificial, fora de hora, coisa mais esquisita, decretada, assim como todos os acintes que vivenciamos. Não, não sou daquelas que detesta carnaval, gosto até dos bloquinhos, mas tudo tem hora; e a hora não era esta. Ficou uma coisa isolada, e olha que andei por aí algumas horas pelo menos para ver se encontrava alguém, podia até ser uma criancinha com algum adereço, fantasia, alguma pluminha, aquele ar folião. Talvez até mudasse de ideia se encontrasse blocos espontâneos, fossem pequenos grupinhos. Nada. Aqui em São Paulo a coisa realmente se concentra na avenida que não é mais avenida, o Sambódromo. Com alguns ecos. Onde “permitiram”. Não sei no Rio.

A mim, tudo soa falso. “Jeca”, até, se me permitem. Não é porque estamos saindo de dois anos do horror da pandemia que tinha de obrigatoriamente ter o que estão chamando de Carnaval, e Carnaval não é. Pior, vou dizer: estão tentando programar mais outro, para julho. Para satisfazer os blocos. E eu que sonhei tanto com o dia em que, livres do vírus (o que ainda não estamos), iríamos às ruas cantar e dançar – na minha cabeça haveria um dia que isso aconteceria. Não por decreto, como esse ministro da Saúde miserável anuncia, dando pauladas na pandemia que ainda mata mais de cem pessoas por dia, e no mundo fica no vai e volta.

Muito louco esse momento, todos os dias, coroados com o perigoso presidente sem noção fazendo graça/desgraça e troça com a Justiça, desafiando a Constituição, dando indulto para seu amigo ordinário e que, como ele, não tem apreço algum pela democracia. Não, o talzinho não foi injustiçado, nem martirizado, nem preso apenas por ter roubado um pedaço de carne ou shampoo; nem é miserável – essas coisas sociais, como miséria e o desespero, não incomodam esse amontoado que temos de chamar de governo e que está louco para fechar o tempo e continuar nele. Também não é liberdade de expressão ameaçar ministros e suas famílias, convocar ataques, juntar gente para soltar fogos no Supremo Tribunal Federal. Acreditem, por favor, seja como for, com os que estão lá, questionáveis, egocêntricos, mandados, o STF ainda é o último poste em pé de proteção que temos.

Que 2022 seria um ano difícil, nenhuma novidade. Ano de eleições, de Copa do Mundo, de consequências pós-pandêmicas, de economia titubeante e até guerra longe que ecoa aqui. Mas insuportável até para nosso bem estar psicológico - como anda - não era esperado. Perigoso em seus caminhos políticos. Ainda temos de aguentar na tevê propaganda de partidos famosos por sua adesões seja ao que for disputando agora quem é mais... conservador! De doer. Um diz que é o verdadeiro; o outro diz que é o primeiro, sempre com um amontoado de afirmações desconexas e gente tão falsa quanto seus cabelos grudados e o apelo a ver quem é mais reacionário, quem atrai o que há de pior se criando e procriando celeremente fora do cercadinho.

Viva Baudelaire! Que preguiça! Estão tornando o paraíso Brasil um pesadelo tal que a nossa reação quando acordados vem sendo jogar a toalha.

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MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano - Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. (Na Editora e na Amazon). marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

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Chiclete com Banana


 

CHICLETE COM BANANA

COLUNA CARLOS BRICKMANN


Lula, dizem as pesquisas, tem ampla vantagem sobre Bolsonaro, até com a possibilidade, na margem de erro, de ganhar em primeiro turno. Dúvida: como é que um candidato em primeiro lugar nas pesquisas tem a campanha em crise? E a crise é séria: Franklin Martins, amigo de fé e irmão camarada de Lula, pai do Controle Social da Mídia (nome que os petistas dão à Censura e que o candidato já anunciou que irá implantar), foi varrido: a Comunicação da campanha fica nas mãos de Jilmar Tatto e Gleisi Hoffmann, que entendem do tema tanto quanto de física quântica. A coordenação do setor deve ficar com o prefeito de Araraquara, Edinho Silva – amável, articulado, simpático. E tem alguma experiência na área: foi ministro da Comunicação de Dilma, no mandato em que as manifestações antipetistas se avolumaram e Dilma foi impedida. O fato é que, na hora de agir, o PT optou pela disputa interna.

O marqueteiro escolhido é Sidônio Palmeira, o mesmo que cuidou da campanha derrotada de Fernando Haddad, em 2018. É a chance de devolver a Jair Bolsonaro a surra que o PT levou nas últimas eleições.

E Lula? Está estranho. Um amigo pessoal de mais de 40 anos, o jornalista Ricardo Kotscho, que foi seu primeiro secretário de Imprensa na Presidência, não consegue falar com Lula nem com ninguém do comando do PT há uns bons seis meses. Por que? Boa pergunta. Kotscho nota também a diferença na organização da campanha: em outras épocas, já estaria tudo pronto.

Banana com chiclete

Decisões simples estão atrasadas. O lançamento da pré-candidatura foi adiado quatro vezes. Agora está marcado para 7 de maio. Até lá alguém terá de convencer Geraldo Alckmin, o candidato a vice, de que seu papel não é fingir-se de petista, o que fica ridículo. O papel do vice é repetir José Alencar: mostrar que Lula tem apoio fora da esquerda. E aí mobilizar a militância petista, que sempre ocupou as ruas, para mostrar que o candidato a entusiasma. Hoje parece que o menos entusiasmado é Lula.

Leite Moça na picanha

Bolsonaro repete sua tática: escolhe um tema que não tem nada com nada e o discute como se importante fosse. Como o voto impresso: até hoje ninguém se queixou de perder por fraude nas urnas. Mas Bolsonaro se queixa e chegou a dizer que sua própria eleição foi fraudada. Na verdade, teria ganho no primeiro turno.

A tática é descrita num livro interessantíssimo, “Os Engenheiros do Caos”, de Giuliano Da Empoli, sobre o estilo de campanhas eleitorais dos fascistóides que venceram poder na Hungria, na Itália (governo anterior), na Polônia. Crie sua pauta, por ridícula que pareça, e a divulgue ao máximo, usando os que mugem em uníssono e os robôs. Esses temas dominam o debate e coisas incômodas para os engenheiros do caos são esquecidas; rachadinhas, funcionários fantasmas, cheques de R$ 89 mil, milicianos. Criando caso sobre o deputado Daniel Silveira, evitou-se a discussão sobre compras maciças de Viagra, Cialis, próteses penianas. A campanha vai por aí. O chefe é o filho 02. E que equipe ele tem!

Goiaba com ketchup

Teremos de torcer muito para surgir um candidato mais aproveitável à Presidência. Em compensação, temos boa chance de votar em candidatos de qualidade para deputado estadual, deputado federal e, talvez, até em um ou outro pretendente ao Senado. Mas é preciso tomar cuidado: avaliar bem para não votar em algum maluco ou em pessoas que já demonstraram ser incapazes.

A ex-ministra da Mulher, Damares Alves, quer ser candidata ao Senado, por Brasília – concorrendo com a também ex-ministra Flávia Arruda, ambas, uma em cada partido, com Bolsonaro. Sejam bolsonaristas ou petistas, verifique o passado do candidato: se não se livrou do Petrolão ou coisa parecida apenas por procedimento processual, não por inocência; se não está envolvido em rachadinhas – contratar, com dinheiro público, assessores desnecessários, e obrigá-los a devolver a maior parte do salário ao parlamentar que o contratou – nem com atividades de milicianos.

O rei do gado

Lembra do general Pazuello, que ocupou o Ministério da Saúde? Num dia ele assinou um compromisso de compra de vacinas e no dia seguinte desistiu, porque Bolsonaro mandou (e ainda explicou: “um manda, outro obedece”).

Bolsonaro é ótimo para descobrir esse tipo de gente: agora, no Rio Grande do Sul, estava no palanque e determinou ao ex-ministro Tarcísio de Freitas que subisse. Tarcísio não queria, Bolsonaro foi terminante: “Eu estou mandando”. Tarcísio subiu na hora. Um detalhe: Bolsonaro não é mais seu chefe. Mas ele obedeceu.

Uma dúvida: Tarcísio foi também alto funcionário de Dilma Rousseff. Se ela lhe desse a ordem, ele cumpriria? Tarcísio é o candidato de Bolsonaro ao Governo paulista. Entende-se: se ambos fossem eleitos, Bolsonaro teria um governador bem obediente. E o lema de São Paulo, “não sou conduzido, conduzo” (Non Ducor Duco), onde ficaria?

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segunda-feira, abril 18, 2022

Tão cedo não vejo é País Algum com Marli Gonçalves


 


Meu imortal Ignácio de Loyola Brandão parece mesmo ter previsto intuitivamente o que viria quando escreveu e publicou, em 1981, “Não verás país nenhum”, uma de suas premiadas obras de ficção, quase real 40 anos depois. Eu, hoje, apenas digo mais: a esta altura da vida, nunca pensei que veria, testemunharia, as coisas que acontecem diante de nós diariamente, seguidas de outras e tantas outras, como se nada mais importasse, numa estranha caminhada

E não saberemos ainda de muitos fatos que agora tentam nos negar até o próximo século, como se eles se sentissem tão importantes para que, daqui a cem anos, seus malfeitos sejam lembrados, pesquisados e divulgados por historiadores, quando precisamos apenas é que hoje sejam contidos antes que se efetivem, antes que marquem ainda mais esse tempo de terror. Não entendem que seus nomes já estão marcados, e da pior forma possível, e porque os detalhes do que praticam são antevistos.

Espero não parecer exagerada aos olhos especialmente de quem anda desligado dos fatos – e cada vez mais sei de pessoas que estão fazendo isso, se desligando, como se assim as coisas possam se transformar. Não fico sabendo, então, não me importo, pensam uns. Outros, desistiram, quedando apenas cansados. Há os umbigueiros que, se não atingidos de alguma forma, dão de ombros à toda a comunidade.

Talvez por profissão que me mantém ligada, talvez pelo signo, Gêmeos, diretamente ligado à comunicação, à curiosidade, talvez sei lá por que, estou sempre sintonizada nos fatos aqui do meu cantinho. E eles andam bem impressionantes. Pioraram na pandemia, principalmente os ligados à idiossincrasia humana. E os que pensaram que sairíamos melhores desses tempo terrível – e cheguei a acreditar nisso – perderam feio a aposta.

Saímos piores, mais pobres, mais amedrontados, mais loucos, mais feios, impacientes. Mais violentos. Mais egoístas. Como se ter sobrevivido não tivesse sido significativo, não obrigasse a uma renovação interior depois de tantas perdas, angústias e sofrimentos.

Saímos com casca mais dura, parece. Porque estamos suportando – protestando apenas baixinho, ou em letrinhas nas redes sociais - ataques diários à nossa integridade, à nossa inteligência e especialmente à nossa paciência. Vivemos tempos difíceis mundialmente, compreendo, mas em nosso país vivemos tempos particularmente perigosos e levianos, com a estrutura política abalada, e o incentivo à divisão cada vez mais danoso para aquele futuro, lembram? – aquele lá que nunca chega. Ou quando chega queremos gritar.

Senão, vejamos, para onde se olha: a miséria, a violência nas metrópoles incontrolada, tornando qualquer ida à padaria esporte de alto risco. Tudo será rigorosamente investigado, dizem, mas o que se vê é polícia perdendo tempo ocupada em controle e repressão ao comportamento diferente, justamente à diversidade que conquistamos. Assassinatos de mulheres, o feminicídio, fato diário e corriqueiro; assassinato de transexuais e travestis nos posiciona como um dos locais mais perigosos do planeta. Crimes contra turistas que nos afastam cada dia mais de uma de nossas principais fontes de renda e investimento. Como se não bastasse o extermínio dos povos indígenas e seus habitats. A construção desenfreada que nos faz temer se em uma noite não seremos expulsos de nossas casas impiedosamente, tudo substituído por torres horrorosas.

E agora essa que tentam nos impor negando por decreto informações para tudo que perguntamos com direito na base na lei, na transparência de dados, sigilo de 100 anos, sobre tudo que esse desgoverno faz no escurinho do cinema, os encontros que mantêm sob nossas barbas, combinando malditos planos corruptos com uns seres que saíram das trevas sob mantos inclusive religiosos. Não basta apenas o que esfregam com sua inoperância, há a provocação insidiosa à luz do dia, o incentivo ao armamento, à burla da democracia.

Não vemos país nenhum. Vimos e já vivemos o terror do passado. Não veremos mais nada se não nos ligarmos e agirmos.

Aliás, se acaso avistar alguma luz, avisa, que o verbo ver tem muitas flexões. E reflexões.

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marli MG - MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano - Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. (Na Editora e na Amazon). marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

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caO manto diáfano da fantasia com Carlos Brickmann



Tudo que se faz na campanha eleitoral, hoje, relembra o excelente Eça de Queiroz, em A Relíquia: “sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia”. Começa que, para boa parte dos partidos e de seus dirigentes, não faz a menor diferença quem ganhará as eleições: quem vai governar, ganhe quem ganhar, será o Centrão. O Centrão governou com Dilma, o Centrão governou com Lula, o Centrão governa com Bolsonaro.

Às vezes é engraçado. Geraldo Alckmin, sempre discretíssimo em seus discursos, agora grita “Viva Lula, Viva Lula!” E qual é a graça? É que deixou o PSDB, mas o PSDB não o deixou. No discurso dirigido a trabalhadores, deu vivas também “à luta de vocês”. Um dia ele acorda e fala em “nós”.

Há também o Paulinho da Força, que se diz indignado por ter sido vaiado num evento petista. Paulinho cresceu na política sindical como adversário do PT e de Lula, cansou de ser vaiado por petistas. Agora, de tão indignado, pensa em transferir o apoio de seu partido, o Solidariedade, de Lula para Bolsonaro. Talvez não queira dizer que seu velho amigo Ciro Nogueira, chefe de fato do governo Bolsonaro, lhe mostra bons e abundantes argumentos para mudar de lado.

Não falta, claro, um general: Augusto Heleno, que cantava “Se gritar Pega, Centrão/não fica um, meu irmão”. O general anda quieto, ultimamente. Como ele mesmo disse, antes de cantar contra o Centrão, “foda-se!”

Petrofake

Bolsonaro demitiu o general que ele mesmo tinha nomeado para presidir a Petrobras e o substituiu por um profissional do ramo, José Mauro Ferreira Coelho. Como na época em que nomeou o general, declarou-se indignado com o preço dos combustíveis. Dependendo da evolução do preço mundial do petróleo, continuará indignado. Finge que não sabe que a Petrobras tem ações negociadas em Bolsa, no Brasil e nos Estados Unidos. Se resolver dar uma acochambrada nos preços para facilitar a vida do Governo brasileiro, tomará processos milionários dos acionistas prejudicados. Perfeito: ele finge que tomou providências e tudo continua como está. O preço da gasolina no Brasil, em média, é de R$ 7,498 o litro, no posto. É o mais alto, corrigida a inflação, que já houve no país. E se o preço do petróleo cair no Exterior? O combustível não vai baixar, não. Servirá “para cobrir prejuízos passados”.

Terceira via

A história do Brasil mostra que eleições com dois candidatos fortes são a forma predominante: Dutra x Brigadeiro, Getúlio x Brigadeiro, Juscelino x Juarez Távora, Jânio x Lott. Em 1989, houve três nomes: Collor, Brizola e Lula. Depois, Fernando Henrique x Lula, Fernando Henrique x Lula, Lula x Serra, Lula x Alckmin, Dilma x Aécio, Bolsonaro x Haddad. Terceira via? Não seria impossível – mas como imaginar que João Doria e Simone Tebet, com seus partidos estilhaçados, consigam se firmar? Quem conhece Janones e Luciano Bivar?

Todos os partidos da terceira via têm o mesmo objetivo: eleger parlamentares e com isso garantir uma boa parcela dos bilionários fundos públicos destinados à política. E, como objetivo paralelo, bancadas grandes ajudam a negociar participações no futuro governo, seja qual for.

O nosso dinheiro

Financiamento público de campanha deu nisso: não é importante ganhar, porque a farta verba de subsistência cobre bem os gastos; E, como este é o pensamento predominante, o importante é saber que o presidente eleito precisará alugar apoios não apenas para governar, mas também para não ser derrubado.

Mais ainda: quando alguém se exceder muito na rapina e for surpreendido, terá a proteção dos cem anos de perdão (desculpe! dos cem anos de sigilo) para que as investigações sejam muito dificultadas.

Pesquisa – e daí?

Lula melhorou bem na pesquisa PoderData encerrada nesta semana. Sua rejeição caiu 6% em um mês. Na pesquisa anterior, de março, 44% disseram que não votariam nele de jeito nenhum. Este número agora é de 38%. E daí?

Daí, nada. Alexandre Cordeiro, presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Cade, foi colocado na autarquia numa negociação de Ciro Nogueira com o Governo Dilma Rousseff. Ciro já era o poderoso chefão dos Progressistas e disse, em gravação de 2017, a Joesley Batista, da JBS, que Cordeiro era “seu menino” e que tinha “botado ele lá”.

Função do Cade: investigar acusações de cartel e decidir sobre fusões de empresas. O presidente do Conselho, que Ciro aponta como “seu menino”, é o fiscal mais poderoso do país. Ciro manda com Bolsonaro, como mandava com Dilma.

Uma boa notícia

A Folha de S.Paulo está lançando nova edição de 100 anos de capas do jornal. Um pouco de marketing pessoal: este colunista, em pouco menos de dez anos de Folha, é responsável por algumas das reportagens assinadas de primeira página que aparecem no livro das 100 mais.

Acho que vale a pena.

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OBS O CONTEÚDO CONTIDO NA COLUNA DE NOSSOS COLABORADORES SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS MESMOS.

domingo, abril 10, 2022

O magnífico mundo da Astrologia e a importância do Feng Shui com a astróloga Inês de Paula



 

Sem dúvida uma das maiores curiosidades que despertam o interesse das pessoas é saber ou descobrir o que é a astrologia e o que ela pode representar na nossa vida cotidiana.

Já foi comprovada que a astrologia é sim um estudo seguro que traz uma série de análises profundas e importantes sobre a nossa vida à partir da data e horário que nascemos.

Para isso, conversamos com a astróloga Inês de Paula que nos esclarece um pouco mais sobre este magnífico mundo , com milhares de clientes no Brasil e Exterior.

Confira nossa entrevista realizada com esta renomada profissional que vale a pena e recomendo agendar uma consulta para adicionar ao seu dia dia coisas boas e positivas.CF:

CF:Primeiramente é um prazer estar conversando com você Inês, gostaria que você contasse aos leitores do portal Celebridade In Foco, quando você iniciou a carreira como astróloga?

INÊS:Iniciei minha carreira em 1989 em São José dos Campos, Coloquei um.anuncio no jornal e fiz meu primeiro atendimento

CF:Quais são os tipos de astrologia existentes e mais comuns quando resolvemos fazer uma consulta  ?

INÊS:Os tipos de Astrologia,a Astrologia tem a base no mapa astrológico natal mas podemos fazer revolução Solar e trânsitos astrológicos, previsões Astrologia médica,etc

CF:O que é  e como é feito um mapa astral ?

INÊS: O mapa astrológico e feito a partir do levantamento de dia,mês,horário e local

CF:Qual a curiosidade mais comum dos seus clientes que procuram por fazer um mapa astrológico ?

INÊS:Sem dúvida, a curiosidade mais comum é sobre carreira e vida afetiva

CF:Existe realmente a ligação entre o horóscopo e a astrologia ?

INÊS:  O Horóscopo é uma sub Astrologia,atrapalha muito nosso trabalho

CF:O que é o inferno astral ?

INÊS: Sim, o Inferno astral é um período em que o nativo fica sensível 30 dias antes do seu aniversário

CF:Você tem milhares de clientes no Brasil e Exterior prestando consultoria na área do Feng Shui, gostaria de saber o que ele pode fazer em nossa casa e na nossa vida ?

INÊS:Eu tenho muitos clientes no Brasil e exterior ,faço consultoria de Astrologia e Feng Shui melhorando a vida das pessoas significamente

CF:O que consiste o Feng Shui ?

INÊS:O Feng Shui e a harmonização da casa ,a correção de irregularidades energéticas,indicação de cores e disposição de móveis

CF:Muitas pessoas imaginam que o Feng Shui é mudar objetos de lugar e colocar espelhos e diversas partes da casa, isto é um mito ou verdade ?

INÊS: Sim é muito positivo, somente no quarto não é muito interessante, mas existem inúmeras maneiras de adapta-las favorecendo assim o ambiente. 

CF:A limpeza da casa além de certos cuidados são umas das indicações para chegar a um resultado positivo sobre a aplicação do Feng Shui em sua residencia  ?

INÊS: Sem dúvida é extremamente importante e essencial manter a limpeza da casa e dos ambientes em que vivemos limpos e arejados, assim como jogar objetos sem uso e utilidade fora , trazendo organização mental e motora.

CF:Como a cor influencia nos ambientes e quais são as mais apropriadas para cada cômodo da casa?

INÊS:Eu trabalho com a cor do horóscopo chinês, por exemplo, uma pessoa nascida em 1966 é recomendado a cor vermelha, porque ela é representa o cavalo de fogo. Existe uma tabela no horóscopo chinês que tem o elemento de cada pessoa e por este elemento eu faço uma predominância daquela cor.Por exemplo fogo é vermelho, metal é dourado ou prateado, a madeira é verde, a terra é amarela e assim por diante.

CF:Existe alguma parte ou local onde não se recomenda a aplicação do Feng Shui ?

INÊS: Se possível o Feng Shui  é e deve ser aplicado em todo o lugar na disponibilidade da pessoa.Ele é altamente meticuloso.

F:Qual seu recado para os leitores do portal Celebridades In Foco?

INÊS: Eliciane muito obrigada primeiramente pela entrevista e o Recado que quero deixar os leitores é que tudo o que eu faço tem melhorado a vida das pessoas com vários depoimentos e acho interessante que as pessoas se atentem a isso.

Eu atendo no Brasil e no exterior somando mais de 100 mil atendimentos desde 1989

Para as pessoas que desejam conhecer o trabalho da astróloga Inês de Paula acesse:

Facebook: ines.depaula1

Email:inesdepaula444@gmail.com

Skype: inesdeepaula33

Whatssap:(11)97657-9045


Reportagem : Eliciane Alves

Pescados e Pecados com Marli Gonçalves


 

PESCADOS E PECADOS

MARLI GONÇALVES

Pronto, chegou. A santa Semana Santa começa agora, domingo, e vai até o outro, a Páscoa. Do jeito que as coisas andam, sem pescados, com pecados, e sem chocolate, tudo na hora da morte, sacrificados. Vai ter malhação do(s) Judas? Ideias de personagens não faltam. Tem muitas coisas em comum, ou para serem lembradas com o que vivemos hoje, e a celebração da Paixão de Cristo, sua morte e ressurreição

Conta a lenda que Jesus Cristo não aceitava o tipo de vida que seu povo levava, o governo cobrando altos impostos, riquezas extremas para uns e miséria para outros, e sua luta por justiça seria punida. Isso acaso lembra alguma coisa, algum lugar que conhece?

Momento sagrado que esse ano, ao contrário de todos, será subvertido ao bel prazer – normalmente tem Carnaval, 40 dias, quaresma, depois vem a celebração religiosa; agora é celebração, reza, reza, e depois, semana seguinte, Carnaval. Brasileiro não tem mesmo problema algum em mudar tradições. Vai por decreto. Piora em ano eleitoral, se pudessem distribuiriam ao povo saquinhos de bondades.

Mas mesmo agora nessa semana, ao que parece, ora, ora, muitas tradições serão afetadas. Por exemplo, na tradição católica, a Sexta-Feira Santa, a Sexta-Feira da Paixão, é dia reservado para a prática da abstinência. Uma tradição do catolicismo preconiza que não se coma nem carne vermelha nem frango nesse dia.

Silêncio. Não deveria conter ironia. Mas...já que faz tempo que esses itens sumiram ou escassearam na mesa dos brasileiros. Aí, é permitido se alimentar com peixe, ok? Claro que já viram os preços escalafobéticos, inclusive do desejado bacalhau, mas se não viram, deixe estar. Todos os noticiários repetirão as matérias sobre isso, sobre preços, sobre como comprá-los, verificar seus olhos brilhantes, suas guelras firmes, coisas assim. E que vivam as sardinhas que devem salvar alguns pratos!

Pessoas mais religiosas optam pelo jejum total, ou parcial, esse já disseminado na maioria da população que ou almoça ou janta, isso quando toma um café que vocês bem sabem quanto está custando. Tem o tal jejum intermitente que anda meio na moda para quem acha que assim emagrece. Ou se limpa de impurezas, coisa mais besta ainda. Má notícia: os médicos dizem que tal intermitência pode até fazer com que quem o faça engorde ainda mais!

Mas voltando à nossa celebração religiosa, feriado prolongado, que já deve estar assim de gente arrumando malas para cair fora para alguma gandaia. Não dá nem para ficar falando muito que, se não tem carne, não tem frango, não tem peixe, se opte por vegetais e frutas, produtos naturais. Não dá, inclusive, porque não quero arrumar encrenca com os pecuaristas que arrumaram treta até com o banco poderoso, e por muito menos que isso. Invocaram com o movimento dos vegetarianos que existe há anos – as “Segundas sem Carne”. Se bem que, em protesto, eles fizeram churrascos nas portas das agências, e vai que sobra uma picanha, uma maminha, uma costelinha... Mas ainda é melhor deixar para lá que encrencar com poderosos crucificou Jesus.

Desde menina, lembro, morria de medo de errar nesse dia e comer alguma carne – e sempre a gente ou esquece ou passa uma tentação pela frente. E claro que aqui ou ali quando se dá conta já está mastigando o proibido. A ideia do pecado, da punição, da culpa, sempre tão presente na religião. Oh, céus!

Aí chega o Sábado, de Aleluia. Dia de Malhação, que não é a da tevê. Malhação do Judas. Coisa até bem violenta. Tradição: juntar um monte gente para, divertindo-se, espancar, dar pauladas, arrastar por aí um boneco, espantalho, em geral primeiro dependurado, meio enforcado, do tamanho de um homem, forrado de serragem, trapos, qualquer coisa. Correr com ele, e depois tacar fogo, em geral ao meio dia. Aqui em São Paulo era até bem comum ver mais disso. Mas todo ano aparece algum, em algum lugar, algum bairro, já que sempre personifica, com placas ou máscaras, alguém malvisto do momento, políticos em geral, malfeitores do povo. Como disse, mais um ano em que a lista é enorme, difícil até de decidir, de candidatos. À eleição. E a virar Judas.

No domingo, os coelhinhos que se livraram de virar assado já que não temos o hábito de tê-los no cardápio normalmente, surgiriam como símbolo de renovação, ressurreição (quase virando lenda, dada a impossibilidade financeira e o oportunismo dos fabricantes), e trariam alegremente ovinhos de páscoa, de chocolate, para as crianças.

Como vemos, anda impossível até manter o mínimo de tradições. Pelo que parece a única mais garantida, que mudam até de data, ópio do povo sem pão, fora de época, é completamente pagã.

Assim vamos indo. De fantasia em fantasia.

Evoé, Baco!
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MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano - Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. (Na Editora e na Amazon). marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

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